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Análise de comportamento aplicado – ABA

A Análise de Comportamento Aplicada (ABA, na sigla em inglês) é uma abordagem terapêutica baseada em evidências que é frequentemente usada para ajudar indivíduos com autismo e outros distúrbios do desenvolvimento. A ABA é usada em uma variedade de contextos e situações para atingir diversos objetivos terapêuticos. Aqui estão algumas situações em que a ABA é frequentemente usada:

 

 

  1. Intervenção precoce: A ABA é frequentemente aplicada em crianças diagnosticadas com autismo em idade precoce, muitas vezes a partir dos dois anos de idade. Ela é usada para ajudar a desenvolver habilidades sociais, de comunicação e de comportamento adaptativo.

  2. Treinamento de habilidades: A ABA é usada para ensinar uma ampla variedade de habilidades, como comunicação funcional (incluindo fala e comunicação alternativa), habilidades acadêmicas, habilidades de vida diária (como vestir-se, alimentar-se e higiene pessoal), habilidades sociais e habilidades de jogo.

  3. Redução de comportamentos problemáticos: A ABA é eficaz na redução de comportamentos desafiadores, como agressão, autoagressão, estereotipias (comportamentos repetitivos) e birras. Isso é feito identificando as causas subjacentes desses comportamentos e desenvolvendo estratégias para substituí-los por comportamentos mais adequados.

  4. Treinamento de pais e cuidadores: A ABA frequentemente envolve o treinamento de pais e cuidadores para implementar estratégias comportamentais em casa e em ambientes comunitários. Isso ajuda a promover a consistência na intervenção e a generalização das habilidades aprendidas.

  5. Educação inclusiva: A ABA é usada em ambientes educacionais para apoiar crianças com autismo em escolas inclusivas. Ela ajuda a adaptar o ambiente e o currículo para atender às necessidades individuais dos alunos autistas.

  6. Melhoria da qualidade de vida: A ABA pode ser usada para melhorar a qualidade de vida geral de pessoas com autismo, ajudando-as a adquirir habilidades que lhes permitam ser mais independentes e participar mais plenamente da sociedade.

  7. Avaliação e planejamento individualizados: Um componente fundamental da ABA é a avaliação individualizada para identificar metas terapêuticas específicas para cada pessoa. Com base nessa avaliação, um plano de intervenção é desenvolvido para atender às necessidades únicas do indivíduo.

É importante observar que a ABA é uma abordagem altamente personalizada, adaptada às necessidades específicas de cada pessoa com autismo. Além disso, ela é baseada em uma análise rigorosa do comportamento, com foco na coleta de dados e na mensuração do progresso terapêutico. Como resultado, a ABA é amplamente reconhecida como uma intervenção eficaz para o autismo quando implementada de forma adequada e ética.

 

A Terapia ABA é eficaz para crianças e adultos com distúrbios psicológicos em uma variedade de ambientes, incluindo escolas, locais de trabalho, residências e clínicas. Também foi demonstrado que ABA consistente pode melhorar significativamente comportamentos e habilidades e diminuir a necessidade de serviços especiais.

 

 

O que esperar do ABA

Ao considerar a Análise de Comportamento Aplicada (ABA) como uma abordagem terapêutica para o autismo, aqui estão algumas expectativas realistas do que se pode esperar:

  1. Avaliação Individualizada: O primeiro passo na ABA é uma avaliação abrangente e individualizada. Espera-se que os terapeutas conduzam uma avaliação cuidadosa para identificar as necessidades específicas da pessoa com autismo, suas habilidades atuais e os comportamentos problemáticos a serem abordados.

  2. Metas Terapêuticas Claras: Com base na avaliação, um plano de intervenção é desenvolvido com metas terapêuticas específicas. Espera-se que essas metas sejam claras, mensuráveis e relevantes para o indivíduo, abrangendo áreas como comunicação, habilidades sociais, comportamento adaptativo e acadêmico, conforme apropriado.

  3. Intervenção Intensiva: A ABA geralmente requer um compromisso intensivo de tempo e esforço, especialmente em crianças pequenas. Espera-se que a terapia envolva sessões frequentes, muitas vezes várias vezes por semana, para maximizar o progresso.

  4. Mensuração e Acompanhamento: Os terapeutas da ABA utilizam técnicas de coleta de dados para registrar o comportamento da pessoa ao longo do tempo. Espera-se que haja monitoramento constante do progresso em relação às metas terapêuticas, com ajustes no plano de intervenção conforme necessário.

  5. Foco na Generalização: A ABA se esforça para garantir que as habilidades adquiridas durante a terapia sejam generalizadas para situações do mundo real. Isso significa que o objetivo é que a pessoa com autismo seja capaz de aplicar as habilidades em diferentes contextos e com diferentes pessoas.

  6. Redução de Comportamentos Problemáticos: A ABA é eficaz na redução de comportamentos problemáticos, como agressão, birras e estereotipias. Espera-se que esses comportamentos sejam substituídos por comportamentos mais apropriados.

  7. Envolvimento dos Pais e Cuidadores: Espera-se que os pais e cuidadores estejam envolvidos no processo terapêutico. Eles geralmente recebem treinamento para implementar estratégias da ABA em casa e em outros ambientes.

  8. Melhoria na Qualidade de Vida: O objetivo final da ABA é melhorar a qualidade de vida da pessoa com autismo, ajudando-a a desenvolver habilidades que promovam a independência, a inclusão e a participação na sociedade.

  9. Resultados Variáveis: Os resultados da ABA podem variar amplamente de pessoa para pessoa. Algumas pessoas podem fazer progressos significativos e alcançar níveis substanciais de independência, enquanto outras podem ter progresso mais gradual. É importante ter expectativas realistas e reconhecer que o progresso pode ser não linear.

  10. Abordagem Personalizada: A eficácia da ABA depende em grande parte da adaptação da terapia às necessidades individuais da pessoa com autismo. Portanto, é fundamental trabalhar com profissionais de ABA que sejam experientes e capazes de ajustar o plano de intervenção conforme necessário.

Lembrando que a ABA é uma abordagem baseada em evidências, mas também é importante considerar outras terapias e abordagens que possam complementar o tratamento, dependendo das necessidades específicas da pessoa com autismo. A colaboração entre profissionais de saúde, educadores e família é essencial para garantir o melhor suporte possível.

 

De forma mais simplificada, buscamos ao trabalhar com um terapeuta ABA:

  • Determine quais comportamentos exigem mudança
  • Defina metas e resultados esperados
  • Estabeleça maneiras de medir mudanças e melhorias
  • Avalie onde você está agora
  • Aprenda novas habilidades e / ou aprenda como evitar comportamentos negativos
  • Reveja regularmente o seu progresso
  • Decida se é necessária ou não mais modificação de comportamento

O tempo gasto em ABA depende da gravidade do problema e da taxa individual de melhoria.

 

Como funciona

ABA tem uma abordagem de pesquisa para terapia com base em teorias comprovadas de aprendizagem e comportamento.

Os terapeutas que usam ABA entendem como os comportamentos humanos são aprendidos e como podem ser alterados ao longo do tempo.

O terapeuta avalia o comportamento do cliente e desenvolve planos de tratamento para ajudar a melhorar as habilidades de comunicação e comportamento necessárias para o sucesso em sua vida pessoal e profissional.

Os terapeutas ABA também podem fornecer treinamento para pais e professores.

Para obter os melhores resultados, ABA requer monitoramento pesado e avaliação contínua.

Terapeutas e outros profissionais de saúde trabalham em ambientes como escolas, lares e centros comunitários para avaliar e modificar o tratamento à medida que ele progride.

O que procurar em um analista de comportamento aplicado

Um analista de comportamento aplicado qualificado é um terapeuta clínico licenciado com treinamento adicional e experiência em análise de comportamento aplicada.

O Behavior Analyst Certification Board (BACB) aprova terapeutas ABA com educação de pós-graduação. Analistas de comportamento certificados pelo Conselho com mestrado e treinamento apropriado são identificados pelas iniciais BCBA após seus nomes; aqueles com grau de doutorado são identificados pelas iniciais BCBA-D. (Apenas na Flórida, um BCBA pode usar as iniciais FL-CBA ou o termo Florida Certified Behavior Analyst).

Os analistas de comportamento assistentes certificados pelo conselho, que são membros da equipe de apoio com diplomas e treinamento em nível de graduação, também podem ser certificados e identificados pelas iniciais BCaBA.

Um BCaBA não pode praticar sozinho, mas pode trabalhar em ambientes terapêuticos quando supervisionado por alguém que seja certificado em um nível superior.

O BACB também certifica Técnicos Comportamentais Registrados com, no mínimo, o segundo grau completo e 40 horas de treinamento especializado, que atuam apenas sob a supervisão direta de um BCBA ou BCaBA.

 

 

Referências Bibliográficas

Applied Behavior Analysis (ABA) Association for Science in Autism Treatment. Accessed December 28, 2016. Applied Behavior Analysis (ABA), Autism Speaks.

.ABA Therapy, Center for Autism & Related Disorders. Accessed December 28, 2016.

Behavior Analysis Certification Board. About Behavior Analysis. Accessed December 29, 2016.

Behavior Analysis Certification Board. Credentials. Accessed December 29, 2016.

Cambridge Center for Behavioral Studies. Accessed December 29, 2016.

Reichow, B. Overview of meta-analyses on early intensive behavioral intervention for young children with autism spectrum disorders. Journal of Autism and Developmental Disorders, 2012;42,:512-520.

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