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Problemas Sensoriais do Autismo

Entenda os problemas sensoriais do autismo mais comuns e como enfrentá-los.

A American Psychiatric Association até mesmo adicionou sensibilidades sensoriais à lista de sintomas que ajudam a diagnosticar o autismo em 2013. Se você tem um filho que está lidando com problemas sensoriais, pode tentar trazer para casa alguns brinquedos sensoriais para eles brincarem.

 

 

Os brinquedos sensoriais são projetados para estimular os cinco sentidos da criança: visão, audição, tato, olfato e paladar.

Eles podem incluir elementos como cores brilhantes e contrastantes, sons ou texturas diferentes. Esses brinquedos têm como objetivo ajudar as crianças a desenvolver seus sentidos em um ambiente seguro e natural, usando a brincadeira.

👉 Confira o artigo: Os 10 melhores brinquedos e presentes sensoriais para crianças com autismo e veja quais brinquedos podem ajudar seu filho ou filha.

 

O que são problemas sensoriais do autismo?

Pessoas com autismo frequentemente enfrentam desafios sensoriais significativos, conhecidos como dificuldades sensoriais ou hipersensibilidade sensorial. Essas dificuldades estão relacionadas à forma como seus sistemas sensoriais processam informações do ambiente. Aqui estão algumas das maneiras como esses problemas sensoriais podem se manifestar:

  1. Hipersensibilidade sensorial: Isso significa que os sentidos de uma pessoa autista são altamente sensíveis e reagem exageradamente a estímulos sensoriais. Por exemplo:

    • Hipersensibilidade auditiva: Sons comuns, como barulhos de tráfego, música alta ou ruídos de fundo, podem ser extremamente perturbadores e avassaladores. Algumas pessoas usam protetores auriculares para ajudar a atenuar esses estímulos.
    • Hipersensibilidade tátil: Algumas pessoas com autismo são sensíveis ao toque e podem não gostar de certas texturas de roupas, etiquetas ou mesmo do contato físico, como abraços.
    • Hipersensibilidade visual: Luzes fortes, luzes piscando ou certos padrões visuais podem ser desconfortáveis ou dolorosos para algumas pessoas autistas. Óculos de sol ou ambientes com iluminação suave podem ajudar a reduzir esses estímulos.
  2. Hipossensibilidade sensorial: Ao contrário da hipersensibilidade, algumas pessoas com autismo podem ter hipossensibilidade, o que significa que têm uma resposta sensorial diminuída. Isso pode resultar em uma busca por estimulação sensorial mais intensa, como balançar ou girar, ou não perceber quando estão com fome, sede ou frio.

  3. Desregulação sensorial: Algumas pessoas com autismo podem ter dificuldade em filtrar ou processar informações sensoriais de maneira apropriada. Isso pode levar a uma sobrecarga sensorial, onde há uma inundação de informações sensoriais que se tornam esmagadoras e causam estresse, ansiedade e desconforto.

  4. Comportamentos de autoestimulação (estim): Muitas pessoas com autismo usam comportamentos de autoestimulação, como balançar, bater palmas, girar objetos ou fazer barulhos repetitivos, como forma de lidar com a sobrecarga sensorial ou como uma maneira de se autorregular.

  5. Estratégias de enfrentamento: Para lidar com essas dificuldades sensoriais, muitas pessoas com autismo desenvolvem estratégias de enfrentamento, como evitar situações sensorialmente desafiadoras, usar fones de ouvido com cancelamento de ruído, ou mesmo usar roupas específicas que são mais confortáveis para elas.

É importante reconhecer que as experiências sensoriais variam amplamente entre as pessoas com autismo. O que pode ser intolerável para uma pessoa pode não ser um problema para outra. Portanto, é essencial adotar uma abordagem individualizada ao apoiar e compreender as necessidades sensoriais de cada pessoa autista.

 

 

Crianças Hiper-Sensíveis

Crianças que são hipersensíveis respondem excessivamente aos estimulantes. Isso geralmente é chamado de “sobrecarga sensorial”.

Estímulos regulares e extremos, como luzes fortes ou cheiros fortes, podem afetar crianças hiper-sensíveis, deixando-as sobrecarregadas.

Existem várias estratégias que podem ser usadas para ajudar crianças com hipersensibilidade sensorial. A fim de garantir que o suporte apropriado esteja disponível, os pais devem consultar um terapeuta ocupacional ou profissional para determinar a melhor maneira de apoiar seu filho com hipersensibilidade a estímulos sensoriais.

Crianças Hipo-Sensíveis

Ao contrário da hipersensibilidade, algumas crianças com autismo são realmente pouco responsivas aos sentidos e estimulantes. Um exemplo disso é a baixa sensibilidade à dor.

Uma criança com hipossensibilidade também pode não responder aos sinais corporais que afetam o controle do equilíbrio e a coordenação física.

Algumas acomodações que podem ser feitas para crianças hipossensíveis incluem cobertores pesados, alimentos com sabor forte ou texturizados e atividades que praticam habilidades físicas, como dançar, pular, correr e agarrar.

 

Como os brinquedos sensoriais são usados ​​para o autismo?

Brinquedos sensoriais podem ser incrivelmente úteis para crianças e adultos com autismo, pois proporcionam estímulos sensoriais controlados e podem ajudar a melhorar diversas áreas do desenvolvimento e do bem-estar. Aqui estão algumas maneiras pelas quais os brinquedos sensoriais podem ser benéficos:

  1. Auto-regulação: Muitas pessoas com autismo usam brinquedos sensoriais para se autorregular. Isso significa que esses brinquedos ajudam a pessoa a controlar e gerenciar suas emoções e níveis de excitação. Brinquedos como apertar, amassar ou espremer podem ajudar a liberar a tensão e a ansiedade.

  2. Concentração: Brinquedos sensoriais podem melhorar a concentração e a atenção em tarefas. Por exemplo, brinquedos de manipulação, como cubos de fidget ou massinhas, podem ajudar a pessoa a se concentrar melhor em suas atividades.

  3. Estímulo sensorial: Para aqueles com hipossensibilidade sensorial, brinquedos sensoriais podem fornecer estímulos sensoriais adicionais que são prazerosos e estimulantes. Isso pode ajudar a preencher a necessidade de estimulação sensorial que algumas pessoas com autismo têm.

  4. Redução de estresse: Brinquedos sensoriais podem ser reconfortantes e reduzir o estresse e a ansiedade. Ter um objeto sensorial familiar e reconfortante pode ajudar a pessoa a se acalmar em momentos de sobrecarga sensorial.

  5. Desenvolvimento de habilidades motoras finas: Muitos brinquedos sensoriais envolvem manipulação manual, como apertar, torcer ou encaixar. Isso pode ajudar a desenvolver habilidades motoras finas, que são importantes para tarefas cotidianas, como escrever, amarrar sapatos e alimentar-se.

  6. Expressão criativa: Alguns brinquedos sensoriais, como tintas, argila e areia cinética, podem promover a expressão criativa e artística, permitindo que a pessoa explore texturas, cores e formas de maneira divertida e terapêutica.

  7. Interação social: Brinquedos sensoriais também podem ser usados para promover a interação social. Brincar com esses brinquedos em grupo pode ser uma maneira eficaz de estimular a comunicação e o compartilhamento de experiências.

  8. Melhoria da qualidade de vida: Em última análise, os brinquedos sensoriais podem contribuir para uma melhor qualidade de vida para pessoas com autismo, ajudando-as a lidar com desafios sensoriais, reduzir o estresse e melhorar o bem-estar geral.

No final, os brinquedos sensoriais têm como objetivo ajudar a criança a aprender mais sobre seus sentidos de uma forma divertida. Por meio da brincadeira, uma criança com autismo pode compreender melhor seus sentidos e como gerenciá-los.

 

É importante escolher brinquedos sensoriais que atendam às necessidades e preferências individuais da pessoa com autismo, uma vez que as respostas sensoriais podem variar amplamente de uma pessoa para outra. Além disso, é aconselhável supervisionar o uso desses brinquedos, especialmente em crianças, para garantir que sejam usados de forma segura. Consultar um terapeuta ocupacional ou um especialista em autismo também pode ser útil para selecionar os brinquedos sensoriais mais adequados para cada situação.

 

 

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